Na Venezuela, um dos pilares para a implantação do Chavismo foi justamente a interferência dos militares na conjetura política e democrática no pais. A prática pode ser adotada por socialistas, comunistas ou até mesmo capitalistas.
Quem detém o poder é justamente quem está armado, quem controla a segurança e o monopólio da força. Nessa semana a Petrobrás perdeu seu presidente e seu valor no mercado mundial. Registrando uma perda de mais de 30 bilhões de reais (até o momento) pela a manifestação do presidente da república Jair Bolsonaro.
Bolsonaro indica para a presidente da estatal um militar. O general da reserva Joaquim Silva e Luna vai substituir Castelo Branco.
O general da reserva foi ministro da defesa no governo de Michel Temer e tem grandes desafios pela a frente dentre eles, conter o grande aumento no preço do combustível nos postos.
As quedas na ações da empresa estão sem controle e isso reflete diretamente no valor da gasolina, diesel e até no etanol nos postos por todo o país.
Os militares estão assumindo os comandos de estatais, ministérios e várias repartições públicas e até aí tudo bem, o problema é que esses militares estão sendo cúmplices dos crimes em que Jair Bolsonaro vem cometendo na cadeira presidencial.
Pazuelo (ministro da saúde) por exemplo já disse expressamente que o presidente manda e ele apenas obedece, contrariando assim qualquer medida que seja essencial para combater a pandemia e os autos casos de mortes pela a covid-19 no Brasil.
A triste realidade está batendo na porta, as causas dos preços são reflexos da mau ou péssima administração pública, a insegurança com a economia do país, a insegurança sobre os combates contra a pandemia e o desemprego que vem aumentando mais ainda.
Bolsonaro já disse que não interveria na estatal porém, essa sua manobra é a prova de que ele não tem palavra, não fala a verdade e fará de tudo para se manter no poder.
Mourão, o vice presidente da república é um apoiador do Bolsonaro, mas ele tenta a todo custo desvincular a imagem de oportunista em um possível processo de impeachment para que não seja acusado de golpe.
Contudo o vice de Bolsonaro é mais centrado, mais sensato e moderado, adota políticas bilaterais e não apoia atos ant-democráticos como Bolsonaro e sua laia de radicais vem fazendo desde de o início de seu mandato.
Vale lembrar também que Mourão é um crítico de algumas ações do governo na pasta da saúde e em relação ao combate a pandemia.
Texto: Angelo Rios
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